Mércia Psicóloga

Website de divulgação e interação

Autorresponsabilidade Dos Pais

Propósito

Uma das  formas de eternizar tudo aquilo que desejamos deixar no mundo com certeza é através da Educação.  Através dela nós deixamos o nosso legado para toda uma sociedade e quando conseguimos unir a educação ao sentimento genuíno do amor incondicional,  com certeza é uma das uniões mais ricas que existe na existência do ser humano. Mas, como este texto aqui não trata de sentimentalismo e nem muito menos romantizar as relações humanas, hoje trago para vocês algumas reflexões com base científica para que a partir destas premissas possamos avaliar a forma como estamos nos comportando no mundo.A Educação Parental Positiva consciente trabalha com a autorresponsabilidade,  ensinando os pais a terem consciência dos seus próprios sentimentos e emoções para a partir daí ajudarem seus filhos na autorregulação dos sentimentos deles também. E isso não ocorre através dos gritos e castigos, mas sim, através do comportamento intencional dos pais ou seja, estes pais devem ter consciência total do tipo de pai e mãe que desejam ser para que possam atender as necessidades emocionais dos seus filhos.  Em décadas atrás,  jamais o público em geral tinha ouvido falar na importância das necessidades emocionais das crianças e adolescentes e até mesmo dos adultos.O entendimento destas questões relacionadas a subjetividade humana demorou muito a ser reconhecida e valorizada, mesmo já existindo a muito tempo. No passado diversos estudiosos, desenvolvimentalistas, psicólogos e tantos outros pesquisadores, já abordavam a importância destas questões,  porém a sociedade só veio compreender a sua importância e seu valor nos tempos atuais mesmo com alguns indícios de preconceito e resistência em relação a estas questões.  A saúde mental e emocional passa pelas relações interpessoais e para isso é necessário que as pessoas desenvolvam as habilidades socioemocioais. Sendo assim, cabe aos pais tomarem consciência desta responsabilidade e procurarem ajudar os filhos a desenvolverem estas tais habilidades Os pais precisam cuidar de si mesmos, buscar o autoconhecimento sempre a a partir desta autorresponsabilidade passar a praticar a educação parental. Os pais precisam ter clareza de quais são os seus valores e sentimentos para que consigam educar seus filhos com base nisso. Desta forma, não se trata apenas de saber que existe esta forma de educar, assistir algum vídeo sobre isso, ouvir ou ler algum comentário, que já está pronto para praticar a Educação Parental. É preciso se comprometer com o aprofundamento do autoconhecimento,  do manejo de suas próprias emoções. Ao  pai e a mãe não cabe apenas dizer que não 'querem educar os filhos como foram educados", mesmo porque o tempo passou, evoluiu, e as coisas não são mais da forma como era antigamente.  Hoje a sociedade é outra e as necessidades também são outras, tanto  das crianças quanto dos adultos. Enquanto que pais de crianças e adolescentes de hoje ainda conseguiram ter uma infância mais livre, com brinquedos , bolas e jardins, as crianças de hoje já estão nascendo na era da inteligência artificial e os pais terão que saber lidar com isso. E isso significa que os pais deverão ter mais disponibilidade emocional para os filhos, mais conexão com eles, dedicar mais tempo e atenção para eles. Os pais deverão colocar mais calor humano nesta relação com os filhos, para que eles aprendam qual a diferença entre o amor,  a atenção dos pais e uma máquina.  Precisamos desenvolver nestas crianças e adolescentes a capacidade de interagir,  da empatia, respeito e confiança.  A alta demanda do dia a dia destes jovens, aos poucos poderá transformar esta geração em pessoas altamente competitivas e calculistas. E quando descrevo aqui a importância da presença afetiva dos pais na vida dos filhos, e também vice-versa,  falo do valor das relações interpessoais e familiares que só poderão crescer e desenvolver se houver tempo e disponibilidade para investir nisso. E isso, poderá ser o maior investimento que alguém possa fazer na vida, se for este  o seu propósito de vida.

   

Filhos Adultos

Longevidade- ser mãe de filhos adultos.

Sabemos que ser mãe de um bebê ou de uma criança pequena demanda muita dedicação, responsabilidade e tempo de qualidade.  Mas, o tempo passa rápido e este bebê ou criança rapidamente se transforma em um adolescente e em tempo mais rápido ainda, em um adulto. E a forma como você que é mãe se relacionava com seus filhos pequenos,  muda completamente quando  eles se tornam adultos. Porém muitas vezes  não se  percebe que o tempo passou, que os filhos se tornaram gente grande e também que elas mesmas se tornaram um ser em envelhecimento.  Costumamos ouvir diariamente muitos comentários,  "pitacos" de outras pessoas em relação a como uma mãe deve ser com seus filhos, e isso ocorre desde do momento da gestação até o fim da vida. E com a vida moderna têm surgido também mudanças nos relacionamentos entre as pessoas, porém existem muitos tabus, medos sendo colocados na cabeças dessas mulheres. Não sei se você se identifica, mas provavelmente deve ter escutado por aí que a mãe de filhos adultos deverá se recolher a sua insignificância e deixar os filhos viverem a vida deles. Bem, vamos então falar um pouco sobre isso hoje? Uma mulher, mãe,  no seu processo de envelhecimento,  que já cumpriu seu papel de importância na vida e na maternidade,  ou qualquer outra pessoa neste período da vida, continua sim com uma grande contribuição a dar a sociedade.  Se pensarmos de forma equivocada ou seja, como sendo pessoas desnecessárias na vida dos filhos ou na sociedade,  estaremos pensando de uma forma preconceituosa, onde as pessoas só valem pelo que têm a entregar quando alguém precisa. Podemos analisar o termo "mãe desnecessária ", no sentido de não ter que segurar o filho na sua dependência emocional ou até mesmo financeira . Não ter que viver querendo interferir nas decisões e escolhas do filho. Porém não é desnecessária na vida deste filho e nem na sociedade. É apenas uma nova fase da vida, onde você pode ressignificar seus projetos, seus valores, estabelecer novas prioridades e principalmente construir uma nova forma de se comunicar com seus filhos . Uma forma mais leve, sem cobranças,  sem críticas.  Sair do.lugar rígido daquela que sabe tudo, para um lugar de trocas afetivas entre você e seus filhos.  Você tem sabedoria,  conhecimento,  experiência.  Eles têm vivência dos dias atuais e podem te ensinar também.  Imagine a troca fantástica que pode existir entre diferentes gerações e principalmente entre seres que possuem um grande conhecimento e capacidade de amor e conexão entre os dois, que é a relação entre uma mãe e um filho até onde houver existência . Então mãe,  o convite hoje é para você refletir sempre, colocar na balança mesmo o que é mito e o que é verdade.Analisar as informações,  compreende-las mais profundamente.  Nenhuma mãe deve se sentir isolada ou sozinha, desnecessária na vida de ninguém.  Desnecessário é o controle sobre eles, a dependência emocional de ambas as partes. Porém o amor genuíno, o respeito, a compreensão,  o diálogo,  os momentos de descontração,  de companheirismo, empatia isso sim, deverá ser vivido e aproveitado para sempre. Pense , reflita, analise sobre mitos e verdades que envolvem a vida de uma mulher e sua maternidade ao longo de  vida.

O Amor Incondicional

Educação Parental Positiva

Irei hoje iniciar este texto para os pais da seguinte forma:  dizendo que não queremos crianças obedientes, queremos crianças cooperativas. E o que isto quer dizer! Significa que estamos falando de permissividade? Absolutamente não.  Significa sim, que estamos falando de uma forma de educar as crianças  consciêntes da importância da colaboração delas, ou seja podemos obter a cooperação delas e ajuda-las a desenvolverem comportamentos mais aceitáveis evitando comportamentos inaceitáveis. Porém este não é o único objetivo de uma educação,  na verdade o objetivo de uma Educação e Parentalidade Positiva, é  obter resultados  a longo prazo. E estes objetivos a longo prazo, incluem o desenvolvimento das habilidades socioemocionais para que consigam lidar com situações desafiadoras ao longo da vida. A criança e o adolescente ainda está com o cérebro em desenvolvimento e neste caso, o adulto que faz o papel digamos, do cérebro desenvolvido. Neste caso, como o adulto, seja ele pais ou cuidador, poderá ajudar o  filho na sua autorregulação se nem ele próprio consegue fazer isso? Os pais precisam entender que seus filhos não desregulam emocionalmente apenas para atingirem os seus pais ou cuidadores intencionalmente.  Eles desregulam porque não têm o seu cérebro ainda desenvolvido e os pais precisam ajuda-los nisso. Os pais precisam ajudar seus filhos a desenvolver habilidades internas e autocontrole , para que possam usá-las adequadamente mesmo quando não estiverem com um adulto por perto. Os estudos atuais nos mostram como funciona o cérebro da criança e do adolescente e isso nos ajuda a compreender melhor e também a educar melhor nossas crianças através do respeito e da cooperação. O cérebro da criança vai tomando forma, de acordo com as experiências que vivencia, desta forma uma educação eficaz implica não apenas em reprimir ou castigar comportamentos inadequados e equivocados das crianças,  mas principalmente promover bons comportamentos através da estimação das habilidades emocionais das crianças e adolescentes e isso requer muito estudo e  autoconhecimento  por parte dos pais e cuidadores. Desta forma estaremos contribuindo com um futuro de pessoas mais empáticas    seres humanos melhores e menos violentos . Sugiro como forma de ilustrar mais este texto, um exemplo prático em que os pais poderão utilizar em casa com os filhos. A prática dos combinados parece ser uma ótima alternativa com os pequenos.  A mãe pode combinar com o filho antes de sair de casa que irá no supermercado mas não irá comprar brinquedos porque não é momento para isso.E se ele insistir, o combinado também é que voltarão para casa imediatamente. Ela poderá explicar ao filho, que irá apenas fazer algumas compras de alimentos para a casa. E caso o filho faça birra no momento da compra, ela poderá lembrar-lhe do combinado e ser firme em cumprir e voltar para casa. Neste exemplo,  a mãe não estará sendo autoritária porém estará sendo firme e gentil. Com calma irá lembrar do combinado feito antes com a criança e irá cumprir. Neste caso, podemos destacar a importância do combinado antes onde a criança foi incluída antecipadamente na decisão.  Ela não foi digamos humilhada, arrastada pela mão de um adulto com raiva e violento que a levou para casa para castiga-la. Ela foi conduzida pela mãe para casa, para que possa se autorregular, consciente do ocorrido. E neste caso, se a criança for muito pequena,  ao chegar em casa a mãe poderá conectar-se com seu filho e redirecionar . Conectar no sentido de garantir ao filho o seu amor e compreensão por ele naquele momento,  porém mantendo o equilíbrio entre a gentileza e a firmeza.  Dá trabalho? É óbvio que sim! Mas quando um adulto decide por educar uma criança,  decide também dedicar a ela um amor incondicional. 

Bem Vinda Longevidade

Autocuidado, amor próprio.

A cada fase da vida, precisamos ressignificar. No momento do envelhecimento,  o ser humano pode perceber que muitos sonhos não foram realizados, muitas metas não foram alcançadas.  O que é mais comum do que imaginamos, é que os pais e especialmente as mães,  sonham os sonhos para que seus filhos realizem para elas, e se isso não acontece, um mundo de frustrações e decepções se derrama ali sobre elas. No entanto, as mães de filhos adultos, devem procurar viver seus próprios sonhos, procurar usufruir daquilo que tem em mãos ou seja viver a realidade que lhes é possível e real. E isso parece estar intimamente ligado ao sentido da vida.  Se a mãe está vivenciando uma nova fase da vida,  com o sentimento de ninho vazio, uma sensação de que está sobrando tempo, de que os filhos não têm tempo de dedicar atenção para elas, então chegou o momento de preencher este "vazio " por algo que contribua com sua qualidade de vida, sua saúde física, mental, emocional, espiritual  e cognitiva. Sabemos que com a passagem dos anos, naturalmente o corpo começa a envelhecer e isso é fato. No entanto,  estudos atuais já provam que o corpo e aqui falando também mais precisamente do cérebro, é capaz de responder positivamente aos estímulos.  Isso significa que quanto mais estimular,  mais o nosso corpo incluindo as funções cognitivas serão capazes de continuar se desenvolvendo.  Partindo então do resultados destas pesquisas atuais, compreende-se que uma pessoa que esteja na fase do envelhecimento, se sofre com questões emocionais,  isso poderá impactar negativamente em todo o seu corpo incluindo a cognição.  Dessa forma, podemos trabalhar no sentido de preservar a independência e autonomia da pessoa madura, cuidando do seu bem estar em geral, através da prática de exercícios físicos , exercícios de estimação cognitiva,  assim como o fortalecimento de vínculos afetivos e familiares e de novas amizades. Dessa forma, a sensação de que existe  "um tempo sobrando", a sensação de " vazio", poderá ser preenchido pelo autocuidado, novos conhecimentos,  evitando assim o isolamento social e possivelmente sintomas de ansiedade e depressão,  que são fatores de riscos para as doenças demênciais. Desta forma, hoje vim me dirigir especificamente para as mulheres maduras, mães de filhos adultos que vivenciam muitas vezes, dores ocultas e silenciosas, não só no seu próprio corpo que envelhece, mas também em sua alma, onde o emocional fica totalmente abalado ao perceber na própria pele, o passar do anos na sua vida.  Por isso reforço tanto a ideia de ressignificar, que significa aqui, buscar um novo sentido para vida e isso só se torna possível através da fé e do amor próprio.  Fé no sentido de esperança,  amor próprio do tamanho que permita olhar para si mesma, valorizar toda sua caminhada, continuar regando o seu jardim interno,  buscando alcançar novas metas, mesmo que sejam de viver o momento atual se sentido plena e feliz . Gostaria de concluir este texto hoje, lembrando que todos nós,  temos o direito de vivermos os nossos próprios sonhos, irmos em busca da nossa  realização e conquistas. Podemos facilitar para nós mesmas o processo de envelhecimento,  olhando para vida com equilíbrio,  alinhado aos nossos valores e aceitando também a realização dos desejos e sonhos dos nossos filhos. As mães e pais maduros, resta-lhes o direito de serem felizes e sentirem-se realizados pelo trabalho feito ao longo da vida. E que seja bem vinda a longevidade para todos nós. 

Educação Parental Positiva

Desenvolvimento humano

Hoje vamos dedicar nossa atenção as questões relacionadas ao desenvolvimento humano como um todo. Ao longo da nossa vida, passamos por várias fases, e experimentamos  diferentes  sentimentos e emoções de acordo com as experiências vivenciadas.  Muitos adultos afirmam não ter lembranças da infância, porém em.algum momento sentem-se inseguros, ansiosos e com muitos medos. Se formos analisar mais profundamente,  estes medos e inseguranças têm relação com acontecimentos da infância. Por este motivo, costumamos dizer  que o que acontece na infância,  não fica na infância.  Sabendo disso, a nossa responsabilidade aumenta ainda mais,  em relação a Educação das crianças e  adolescentes.  Precisamos proteger a infância e defender as crianças,  através da mudança de atitudes em relação a elas. Quando falamos sobre Educação e Parentalidade Positiva, estamos nos relacionando, aos cuidados, atenção,  responsabilidade para com os nossos pequenos. Infelizmente algumas pessoas ainda não entendem bem os princípios norteadores da Educação e Parentalidade Positiva, confundem o real objetivo e continuam cometendo erros absurdos na educação dos filhos justificando que foram "criados assim e sobreviveram". Na verdade "sobrevivemos" apenas. Todos nós somos frutos de uma educação autoritária e punitiva onde os pais e cuidadores usavam de gritos, castigos e palmadas, resultando em adultos inseguros, por vezes também violentos e ansiosos. Devemos a princípio considerarmos as necessidades emocionais da criança e do adolescente e não apenas as necessidades de higiene e alimentação e estudos.  Os adultos de hoje, devem buscar mais informações com embasamento científico ou seja, precisa estudar para poder educar. O padrão de comportamento do passado já não cabe mais nos dias atuais. Erros do passado, não podem mais serem repetidos, porque hoje temos informações.  Mas, se temos informações porque os pais e cuidadores continuam com tantas dúvidas,  incertezas em relação a educação das crianças? Porque estas informações antes de tudo deverão transformar de dentro para fora.  Estou me referindo aqui ao processo do autoconhecimento.  São aquelas lembranças latentes, não lembradas de uma infância cheia de medos . Desta forma, os adultos de hoje, deverão ressignificar sua história de vida, suas emoções e sentimentos.  Mesmo quando só lembramos de momentos bons da infância,  com certeza vivemos em uma  época de um  mundo punitivo, onde crianças e adolescentes não tinham muitos direitos, era apenas para obedecer e ponto final. Hoje, com a Educação Parental Positiva não queremos crianças obedientes. Queremos crianças conscientes.  Conscientes ao ponto de saberem decidir e escolher o que irá lhe fazer bem ou não.  E esta criança educada desta forma,  saberá dizer não no futuro, a um relacionamento tóxico,  saberá identificar quando alguma outra pessoa estiver explorando ou abusando dos seus direitos e deveres. Conhecer as necessidades emocionais dos filhos significa em primeiro lugar se conectar com eles. Dedicar tempo de qualidade a eles, reconhecer e validar a necessidade deles de se tornarem pessoas com autonomia e independência,  de serem reconhecidos e respeitados.E hoje, no Dia Internacional da Mulher, gostaria de ressaltar também a importância de educar os filhos para se tornarem cidadãos conscientes,  capazes de considerarem a igualdade e o respeito entre todas as pessoas e principalmente que suas lembranças da infância sejam boas, leves e saudáveis.