Mércia Psicóloga

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A Presença Materna.

Os pais como responsáveis na saúde emocional dos filhos

No artigo anterior, falei sobre a importância da saúde emocional materna.  Partindo desta premissa, sabemos da importância do autocuidado desta mãe, assim como sua qualidade de vida, para que possa desempenhar de forma efetiva, sua função materna.  Principalmente as mães se cobram muito em relação ao seu papel de cuidadora e educadora de seus filhos, e realmente isso faz toda diferença no desenvolvimento das crianças.  Mas para que os filhos possam ter uma mãe presente e amorosa, é preciso antes que ela esteja no mínimo saudável emocionalmente.  E estar saudável emocionalmente,  significa ser respeitada no seu direito de desempenhar as funções maternas, assim como nos outros papéis que desempenha socialmente seja como mulher, profissional, filha, amiga, companheira e outros. E uma vez sendo esta mulher respeitada dentro da família e socialmente,  ela estará mais preparada para desempenhar sua função materna de forma mais eficiente, atendendo assim as necessidades de seus filhos. Considerando como base emocional das crianças,  a presença afetiva materna nos seus  primeiros anos de vida, gerando impactos positivos ao longo de sua vida, a saúde emocional materna, passa a ser fator essencial para que este vínculo possa ser formado de maneira saudável.  A princípio o ideal mesmo é que esta mãe possa contar com uma rede de apoio, o que neste caso não se considera o pai como rede de apoio,  mesmo porque pai é também igualmente responsável pela criança. Mas, o que estamos falando aqui,  é que se esta mãe pode contar com um companheiro que cumpra com suas responsabilidades com a criança e assim  ela terá maior chance de desempenhar suas funções maternas de forma mais assertiva. Tenho observado que realmente existe um grande Interesse dos pais em acertar na educação dos seus filhos,  mas será que estão cuidando também do exemplo que dão a eles cotidianamente? Como dizem, " os exemplos arrastam", e é por aí que os pais devem iniciar. Existem virtudes que devem ser ensinads as crianças desde pequenas. A colaboração,  a empatia,  o respeito,  a tolerância às frustrações.  Educar com amor é antes de tudo ser prudente,  ter discernimento e desenvolver a confiança na criança através de um ambiente seguro. A reflexão que desejo deixar hoje, aos pais é a importância e valor que tem, a forma respeitosa de se relacionar uns com os outros principalmente entre os pais dentro de casa, para que esta mãe seja capaz de atender as necessidades emocionais dos seus filhos. Uma mãe saudável emocionalmente é capaz de educar seus filhos também saudáveis.

Saúde Mental Materna.

Relação de afeto entre mãe e filho.

Você já imaginou a dor de uma criança não compreendida, rejeitada ou abandonada? Você já imaginou por outro lado, a dor de mãe que sozinha e sem rede de apoio talvez, não consegue dá conta de sua função de mãe? Está dupla mãe e filho necessita de ajuda, apoio, colaboração frequentemente. Porquê ninguém conhece a dor profunda de uma criança rejeitada, abandonada nas suas incertezas, inseguranças e medos. A dor na infância marca a alma. A dor da falta de amor, de presença afetiva, da falta de cuidados. Ninguém conhece a dor de uma criança em que lhe falta uma mãe presente afetivamente,  de um abraço materno, de uma voz paterna, nos momentos em que necessita. Ninguém conhece também a dor um adolescente  desolado, abandonado dentro de um quarto, jogado a um pranto interno. Ninguém conhece a dor profunda de mãe,  que não sabe mais qual caminho tomar, ou mesmo o que dizer, o que falar, para onde ir. Ninguém conhece a dor de mãe e filho  que têm sua relação de amor partida, estragada pelos desvios do tempo, pela renúncia de mãos estendidas, pelo silêncio  e amargura de uma vida sem oportunidades. Ninguém conhece estas dores, de vidas que foram usurpadas, pelos abandonos, pela violência psicológica sofridas e naturalizadas pela sociedade moderna. Relação mãe e filho é um terreno precioso demais que precisa ser respeitado e nunca confundido com qualquer outra relação.  É algo profundo de coração e de alma que parece seguir até a eternidade. E seguirá além dos medos e incertezas. É um amor que estica, rega, segura no colo e solta para voar.E todas as vezes que você encontrar mãe e filhos, respira, respeita e segue adiante, porque ali está oportunidades de aprender a amar, respeita e compreender.  É a melhor forma de prevenir o adoecimento mental e psicológico no futuro . A criança é adolescente necessita ter uma mãe que é respeitada em suas necessidades,  acolhida e amparada. 

Por mais amor, amparo e respeito as mães,  para que elas possam exercer sua maternidade com sabedoria, segurança e leveza. E como estamos no último domingo de Maio, mês dedicado às mães,  parabéns a todas as mães e nunca esqueça sempre de pedir ajuda, se precisar.  Saúde mental e emocional materna significa saúde mental e emocional dos filhos. 

 

A Família E Seus Desafios.

Oportunidade para ressignificar.

Ao longo dos anos as famílias têm me procurado para que eu possa ajuda-las através do meu trabalho como psicóloga.  São 4 décadas já que dedico os meus estudos, tempo e grandes investimentos também emocionais,  para que eu possa ser capaz de ajuda-las realmente.  Mas, uma coisa que poucas pessoas sabem, é que o maior de todos os investimentos nestas últimas 4 décadas,  foi também na construção da minha própria família.  E percebo também que muitas coisas mudaram, e mudaram para melhor. Mas também,  ao mesmo tempo muitos desafios surgiram e as famílias cada vez mais se esforçam muito para que possam se sentir felizes e realizadas. Infelizmente a família hoje é bombardeada por influências que vão desde as redes sociais, modismos,  consumismos, excessos,  até mesmo a exigência da sociedade atual, de sermos todos perfeitos, lindos, famosos e pasmem, totalmente felizes sempre. Sim, a ideia da família feliz que se vende hoje, envolve consumismo, falsa beleza, poder aquisitivo e tantas outras coisas. Porém,  não devemos esquecer do sentido da família.  Para quê e porquê pessoas no mundo inteiro ainda se unem, constituem família,  têm filhos.  Estamos esquecendo que uma família só faz sentido se todos se responsabilizam.um pelo outro. Se caem e levantam juntos. Se um ampara o outro nas dores e necessidades humanas. Escutamos mais facilmente sobre o que representa uma família disfuncional, porém dificilmente ouvimos falar sobre o que representa uma família funcional e saudável.  E aproveito aqui o momento para lembrar que viver um vida familiar  saudável não é aquela que não enfrenta desafios. É aquela que aproveita os desafios para transforma-los em aprendizagem. Em oportunidade para ressignificar,  transformar, mudar de atitude,  aprender mais. Precisamos falar mais sobre os desafios enfrentados pelas famílias na sociedade atual e as diversas formas de aprendermos a lidar com tudo isso. Vamos conversar mais sobre isto?

Autorresponsabilidade Dos Pais

Propósito

Uma das  formas de eternizar tudo aquilo que desejamos deixar no mundo com certeza é através da Educação.  Através dela nós deixamos o nosso legado para toda uma sociedade e quando conseguimos unir a educação ao sentimento genuíno do amor incondicional,  com certeza é uma das uniões mais ricas que existe na existência do ser humano. Mas, como este texto aqui não trata de sentimentalismo e nem muito menos romantizar as relações humanas, hoje trago para vocês algumas reflexões com base científica para que a partir destas premissas possamos avaliar a forma como estamos nos comportando no mundo.A Educação Parental Positiva consciente trabalha com a autorresponsabilidade,  ensinando os pais a terem consciência dos seus próprios sentimentos e emoções para a partir daí ajudarem seus filhos na autorregulação dos sentimentos deles também. E isso não ocorre através dos gritos e castigos, mas sim, através do comportamento intencional dos pais ou seja, estes pais devem ter consciência total do tipo de pai e mãe que desejam ser para que possam atender as necessidades emocionais dos seus filhos.  Em décadas atrás,  jamais o público em geral tinha ouvido falar na importância das necessidades emocionais das crianças e adolescentes e até mesmo dos adultos.O entendimento destas questões relacionadas a subjetividade humana demorou muito a ser reconhecida e valorizada, mesmo já existindo a muito tempo. No passado diversos estudiosos, desenvolvimentalistas, psicólogos e tantos outros pesquisadores, já abordavam a importância destas questões,  porém a sociedade só veio compreender a sua importância e seu valor nos tempos atuais mesmo com alguns indícios de preconceito e resistência em relação a estas questões.  A saúde mental e emocional passa pelas relações interpessoais e para isso é necessário que as pessoas desenvolvam as habilidades socioemocioais. Sendo assim, cabe aos pais tomarem consciência desta responsabilidade e procurarem ajudar os filhos a desenvolverem estas tais habilidades Os pais precisam cuidar de si mesmos, buscar o autoconhecimento sempre a a partir desta autorresponsabilidade passar a praticar a educação parental. Os pais precisam ter clareza de quais são os seus valores e sentimentos para que consigam educar seus filhos com base nisso. Desta forma, não se trata apenas de saber que existe esta forma de educar, assistir algum vídeo sobre isso, ouvir ou ler algum comentário, que já está pronto para praticar a Educação Parental. É preciso se comprometer com o aprofundamento do autoconhecimento,  do manejo de suas próprias emoções. Ao  pai e a mãe não cabe apenas dizer que não 'querem educar os filhos como foram educados", mesmo porque o tempo passou, evoluiu, e as coisas não são mais da forma como era antigamente.  Hoje a sociedade é outra e as necessidades também são outras, tanto  das crianças quanto dos adultos. Enquanto que pais de crianças e adolescentes de hoje ainda conseguiram ter uma infância mais livre, com brinquedos , bolas e jardins, as crianças de hoje já estão nascendo na era da inteligência artificial e os pais terão que saber lidar com isso. E isso significa que os pais deverão ter mais disponibilidade emocional para os filhos, mais conexão com eles, dedicar mais tempo e atenção para eles. Os pais deverão colocar mais calor humano nesta relação com os filhos, para que eles aprendam qual a diferença entre o amor,  a atenção dos pais e uma máquina.  Precisamos desenvolver nestas crianças e adolescentes a capacidade de interagir,  da empatia, respeito e confiança.  A alta demanda do dia a dia destes jovens, aos poucos poderá transformar esta geração em pessoas altamente competitivas e calculistas. E quando descrevo aqui a importância da presença afetiva dos pais na vida dos filhos, e também vice-versa,  falo do valor das relações interpessoais e familiares que só poderão crescer e desenvolver se houver tempo e disponibilidade para investir nisso. E isso, poderá ser o maior investimento que alguém possa fazer na vida, se for este  o seu propósito de vida.

   

Filhos Adultos

Longevidade- ser mãe de filhos adultos.

Sabemos que ser mãe de um bebê ou de uma criança pequena demanda muita dedicação, responsabilidade e tempo de qualidade.  Mas, o tempo passa rápido e este bebê ou criança rapidamente se transforma em um adolescente e em tempo mais rápido ainda, em um adulto. E a forma como você que é mãe se relacionava com seus filhos pequenos,  muda completamente quando  eles se tornam adultos. Porém muitas vezes  não se  percebe que o tempo passou, que os filhos se tornaram gente grande e também que elas mesmas se tornaram um ser em envelhecimento.  Costumamos ouvir diariamente muitos comentários,  "pitacos" de outras pessoas em relação a como uma mãe deve ser com seus filhos, e isso ocorre desde do momento da gestação até o fim da vida. E com a vida moderna têm surgido também mudanças nos relacionamentos entre as pessoas, porém existem muitos tabus, medos sendo colocados na cabeças dessas mulheres. Não sei se você se identifica, mas provavelmente deve ter escutado por aí que a mãe de filhos adultos deverá se recolher a sua insignificância e deixar os filhos viverem a vida deles. Bem, vamos então falar um pouco sobre isso hoje? Uma mulher, mãe,  no seu processo de envelhecimento,  que já cumpriu seu papel de importância na vida e na maternidade,  ou qualquer outra pessoa neste período da vida, continua sim com uma grande contribuição a dar a sociedade.  Se pensarmos de forma equivocada ou seja, como sendo pessoas desnecessárias na vida dos filhos ou na sociedade,  estaremos pensando de uma forma preconceituosa, onde as pessoas só valem pelo que têm a entregar quando alguém precisa. Podemos analisar o termo "mãe desnecessária ", no sentido de não ter que segurar o filho na sua dependência emocional ou até mesmo financeira . Não ter que viver querendo interferir nas decisões e escolhas do filho. Porém não é desnecessária na vida deste filho e nem na sociedade. É apenas uma nova fase da vida, onde você pode ressignificar seus projetos, seus valores, estabelecer novas prioridades e principalmente construir uma nova forma de se comunicar com seus filhos . Uma forma mais leve, sem cobranças,  sem críticas.  Sair do.lugar rígido daquela que sabe tudo, para um lugar de trocas afetivas entre você e seus filhos.  Você tem sabedoria,  conhecimento,  experiência.  Eles têm vivência dos dias atuais e podem te ensinar também.  Imagine a troca fantástica que pode existir entre diferentes gerações e principalmente entre seres que possuem um grande conhecimento e capacidade de amor e conexão entre os dois, que é a relação entre uma mãe e um filho até onde houver existência . Então mãe,  o convite hoje é para você refletir sempre, colocar na balança mesmo o que é mito e o que é verdade.Analisar as informações,  compreende-las mais profundamente.  Nenhuma mãe deve se sentir isolada ou sozinha, desnecessária na vida de ninguém.  Desnecessário é o controle sobre eles, a dependência emocional de ambas as partes. Porém o amor genuíno, o respeito, a compreensão,  o diálogo,  os momentos de descontração,  de companheirismo, empatia isso sim, deverá ser vivido e aproveitado para sempre. Pense , reflita, analise sobre mitos e verdades que envolvem a vida de uma mulher e sua maternidade ao longo de  vida.