Atualmente com o avanço dos estudos e tecnologia, as doenças transmissíveis passaram a ser possível evitar, através da vacinação e cuidados específicos para evitar a transmissão e sua proliferação.  Porém,  as doenças crônicas não transmissíveis ( DCNTs), passaram a ocupar um lugar de prevalência, acompanhando o idoso ao longo do seu envelhecimento. Sendo assim, o foco passa a ser não só no tratamento medicamentoso, mas também a nível preventivo e interdisciplinar.  Desta forma se faz necessário repensar em novos hábitos de vida para  as pessoas, que possam proporcionar um envelhecimento mais saudável.  O Ministério da Saúde (M.S.), ainda em 2006 lançou a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, e estabeleceu algumas diretrizes como: 1-A atenção integral. 2- O envelhecimento ativo e saudável, 3- Uma maior participação do cidadão na gestão pública  4- O incentivo a estudos e pesquisas. Dessa forma, a expressão envelhecimento ativo refere-se ao acesso da Pessoa Idosa a todas as oportunidades para utilizar o seu potencial nas dimensões da saúde física, mental e social. Pensando nesta perspectiva da atenção integral à saúde,  o psicólogo passa a ter um importante papel a desempenhar na prevenção e na reabilitação dessas doenças. Pesquisas apontam que os principais motivos aos quais os idosos procuram os serviços de saúde,  são as queixas em relação às dores crônicas,  e também as questões emocionais como medo e solidão, medo de morrer ou  de perder a autonomia e independência.  Dessa forma, percebe-se uma grande importância do  acompanhamento da pessoa idosa por um profissional psicólogo,  para possa avaliar,  identificar as queixas principais e tratar  como  prevenção  e/ou reabilitação para que a Pessoa Idosa possa viver por mais tempo de forma independente e autônoma. Lembrando que no Brasil, é considerado uma pessoa idosa a partir dos 60 anos. É necessário falarmos sobre estas questões superando os desafios e tabus em relação ao envelhecimento, pois só assim podemos trabalhar com a prevenção proporcionando uma melhor qualidade de vida para estas pessoas . E se você pertence a este grupo de pessoas desta faixa etária,  sinta-se convidada para superar o desafio do medo e para desejar trilhar neste caminho com responsabilidade,  consciência e leveza.

O envelhecimento é algo realmente muito complexo,  pois envolve diversos fatores, ou seja, é multilateral. Devemos salientar aqui, que nem todas as alterações no idoso, ou seja, nem todas as doenças que surgem, é necessariamente em decorrência do tempo. O que quero dizer aqui que envelhecer não significa autonomaticamente, adoecer.  Existem fatores individuais, como a genética,  os hábitos de vida, que podem explicar a variabilidade dos padrões de envelhecimento em diferentes pessoas . Porém,  existem algumas alterações que vão sendo observados gradativamente no transcorrer do envelhecimento,  mas de uma forma discreta sem afetar a qualidade de vida do idoso. Os cabelos que ficam brancos, a necessidade dos óculos para enxergar melhor de perto, e outras alterações que são consideradas normais, saudáveis.  E a  estas alterações nós chamamos de senescencia. Por outro lado, quando estes prejuízos são mais intensos, causando um impacto maior na qualidade de vida da pessoa idosa e gerando maiores prejuízos,  são considerados patológicos ( senilidade). Neste caso, os prejuízos são mais intensos, comprometendo funções nobres do cérebro como por exemplo a memória, impactando assim a sua funcionalidade. 

O envelhecimento normal é aquele em que o idoso consegue ter uma maior adaptabilidade as estas transformações desta etapa da vida e não tem a sua funcionalidade prejudicada.Para a melhor compreensão do leitor, irei exemplificar, citando algumas  alterações normais( senescencia),  e patológicas( senilidade), em relação ao psicológico: 

No envelhecimento normal ocorrem alterações físicas,onde a pessoa idosa desenvolve uma capacidade para adaptar-se sem gerar grandes transtornos em sua vida pessoal, social e familiar. Enquanto que no envelhecimento patológico estas alterações podem gerar aumento da inibição e isolamento,  ansiedade e depressão,  prejuízo na vida afetiva( viuvez), síndrome do ninho vazio, perdas de familiares,  redução do convívio com os amigos, aposentadoria com redução de renda familiar e do padrão de vida, redução das atividades laborais, sociais e familiares.Para se viver um envelhecimento normal, é necessário cuidados especiais pois esta é uma fase da vida que merece atenção.  Procurar conviver com pessoas que desejam a boa interação com este idoso, que demonstre carinho e interesse por ele. Procurar desenvolver bons hábitos, boas leituras e coisas novas para descobrir e viver, vai ajudar muito na qualidade de vida. Se você tem alguma pessoa idosa na sua casa, procure levar em consideração todos estes fatores que ocorrem silenciosamente no interior das famílias e da sociedade, gerando prejuízos a todas as pessoas. Uma sociedade que não reconhece o valor da vida de uma pessoa idosa, que não valoriza toda a estrada percorrida por eles, é uma sociedade sem raízes,  sem base e consequentemente sem história.  Um forte abraço para todos vocês,  e em breve voltarei com um novo texto para vocês.  

Para falar sobre uma longevidade plena e feliz, é necessário começar pelo amor próprio. O amor próprio é a força motriz que nos impulsiona a perseverar, nutrir e cuidar de nós mesmos. Sabia que até 2050 estudos indicam que teremos uma população significativamente maior de idosos em comparação ao número de nascimentos? Isso significa que devemos direcionar nossa atenção aos cuidados com todas as pessoas que estão envelhecendo a cada dia e, principalmente, que merecem envelhecer com qualidade de vida.

De acordo com a OMS, a qualidade de vida envolve diversos fatores, incluindo a autonomia e a independência da pessoa idosa. Portanto, é necessário que a própria pessoa seja capaz de avaliar e perceber se suas necessidades estão sendo satisfeitas ou não.

Autonomia pode ser entendida como a capacidade de tomar decisões e gerenciar a própria vida em aspectos sociais, familiares, financeiros e individuais. Já a independência se refere à capacidade de realizar algo por conta própria, utilizando os próprios recursos e mantendo a funcionalidade.

De maneira geral, a funcionalidade é a capacidade que a pessoa tem de cuidar de si mesma e gerir sua própria vida. Quando notamos um declínio na funcionalidade, existe a possibilidade de prejuízo cognitivo, pois há uma forte ligação entre funcionalidade e funções cognitivas.

Assim sendo, destacamos que a manutenção da funcionalidade está relacionada ao bem-estar da pessoa idosa, à qualidade de suas relações familiares e sociais, à saúde física e emocional, bem como ao envolvimento ativo com a vida. Portanto, orientamos as pessoas idosas a cuidarem bem de si mesmas, buscando não apenas seguir protocolos de informações prontas e generalistas, mas, principalmente, procurando uma qualidade de vida que preserve sua autonomia e independência. Dessa forma, é possível cuidar das habilidades cognitivas para retardar ou mesmo evitar o surgimento de doenças demenciais, como o Alzheimer, que é temido por muitos.

Em breve, retornarei com mais informações para vocês.

Um forte abraço.

Olá mães! Espero que todas vocês estejam bem. E estar bem nem sempre significa ter tudo perfeito ao seu redor. Estar bem pode significar saber conviver com as emoções, sejam elas agradáveis ou desagradáveis de sentir. Sempre carregaremos conosco todas as emoções, e não adianta tentar fugir delas. No entanto, saber identificá-las, nomeá-las e acolhê-las faz toda a diferença em nossas vidas, gerando resultados positivos e satisfatórios em nosso dia a dia.

Identificar nossas emoções é reconhecer em nós mesmas o que estamos sentindo e como estamos nos sentindo naquele determinado momento. Nomear nossas emoções é compreender qual emoção está nos impulsionando naquele momento. Muitas vezes, as emoções podem surgir disfarçadas, e uma irritação, por exemplo, pode na verdade ser a expressão de medo ou raiva. Por isso, é importante também acolher essas emoções e não negligenciar o que estamos sentindo. Respeitar nossos sentimentos e emoções é um passo importante para o nosso autoconhecimento.

Cuidar da nossa autoestima, exercitar o amor próprio e estabelecer uma rotina de vida diária e saudável passa, antes de tudo, pelo cuidado com nossas próprias emoções e sentimentos. Portanto, mães, nunca se esqueçam de começar por vocês mesmas para, a partir daí, cuidarem de seus filhos. Sabemos que mães felizes não são mães perfeitas, mas sim aquelas que conhecem suas limitações e seu potencial. E, acima de tudo, são mães que reconhecem a importância de cuidar com respeito e responsabilidade do seu autoconhecimento.

Um forte abraço para todas vocês.

Sentir-se bem consigo mesma, praticar o autocuidado, meditar, fazer uma oração ou simplesmente ler um livro. Atividades simples e básicas algumas vezes são interrompidas por pensamentos acelerados, inquietação e ansiedade. A sensação de solidão, medo e insegurança pode prejudicar momentos agradáveis de bem-estar. Por vezes, o incômodo pode vir de fora, por meio de notícias, comentários alheios e desentendimentos. Mas também pode surgir de dentro, através de pensamentos negativos, rancor e medo.

O amor próprio ajuda a pessoa a se preencher consigo mesma, duvidando e harmonizando esse encontro com sua essência. É o amor que acalma e tranquiliza as emoções, um amor que só você pode dar a si mesma. Para preencher-se desse amor, é necessário que você se conheça, se valorize e se respeite, para que esse encontro consigo mesma possa acontecer. Como poderá existir uma boa convivência com outras pessoas se você não consegue conviver bem consigo mesma?

No entanto, desenvolver o amor próprio requer dedicação e o desejo de buscar e iniciar essa grande jornada. É preciso que você identifique suas emoções e sentimentos, e aprenda a lidar com eles. É preciso que você desenvolva a autoestima, a autenticidade e a criatividade. Como poderá saborear a vida se não consegue sentir a liberdade de ser quem realmente é? Como poderá olhar para dentro de si mesma, valorizar suas qualidades e fortalecer seus recursos internos se seu olhar de admiração se dirige apenas para o que vem de fora?

Estar consigo mesma é gostar de ser verdadeira. É respeitar sua própria história de vida e fazer as pazes com ela. É conseguir ser seu próprio apoio, seu amparo. Reconhecer e valorizar sua vida. Ser capaz de se envolver com seus próprios sonhos e buscar conquistá-los. É olhar para trás e sorrir, e também olhar para o espelho e gostar do que vê. Aproximar-se de si mesma é assumir a passagem do tempo, reconhecer os anos que passam e valorizar o dia presente. É acalmar a alma para parar, refletir e não ter medo de descobrir suas próprias limitações e todo o seu potencial.

Investir tempo responsável para se conhecer é descobrir um amor próprio e conhecê-lo, para a partir daí poder amar outras pessoas também. E se você é mãe, avó ou simplesmente se identificou com estas palavras, fica o convite para iniciar nessa linda jornada.

Um forte abraço.